Um revolucionário


No feriado do 25 de Abril estive em casa e vi um pouco de TV.
Falaram de vários nomes que se destacaram pela sua postura solidária e democrática na vida.

Vi um programa sobre a AMI e fiquei maravilhada.

Como é que um homem que tem todas as condições para viver confortavelmente, se afasta de títulos, cidades e conforto para se dar aos mais fracos, necessitados e sofredores da terra?


Não parei de pensar na obra do Dr Fernando Nobre e da sua entrega a uma missão tão grande e tão bonita.

É um homem assim que é capaz de fazer com o seu exemplo, com o seu ideal, com a sua força, uma Revolução.

Médico, marido, pai e cidadão do mundo.

Para mim, um revolucionário.

AMI



Fundação Assistência Médica Int (AMI)
http://www.fundacao-ami.org/



"Actuação
setor: ONG / Associação
ramo: ajuda humanitaria

A Fundação AMI foi criada em 1984 por um médico português que estudou na Bélgica e actuou nos Médecins sans Frontieres belgas e franceses.Inicialmente dedicava-se a acções de ajuda humanitária em zonas de necessidade extrema em todo o mundo (guerras, fome, catástrofes naturais) tendo desenvolvido missões de ajuda humanitária em mais de 50 países do mundo inteiro.Em 1994, iniciou uma vertente interna, em Portugal e Ilhas, de apoio social, médico e jurídico aos sem abrigo, imigrantes, terceira idade, crianças e outros necessitados, tendo presentemente 10 centros a laborar em todo o território nacional. A AMI tornou-se uma referência nacional e internacional pelo seu trabalho meritório, honesto, devotado, chegando em primeiro lugar ou entre os primeiros agentes de ajuda humanitária aquando de catástrofes como o Furacão nas Honduras, o maremoto no Sri Lanka, o fratricídio no Rwanda, a independência de Timor, etc.. Com pessoal no terreno ou com ajuda material, a AMI procura fazer a diferença e combate activamente a intolerância e a Indiferença que considera os males principais deste sec. XXI.

Mercadorias que vende:
Saúde, formação, alimentação, reconstrução, escolas, orfanatos, oficinas, esperança, confiança e certeza num futuro mais rico, porque partilhado com quem nada ou pouco tem.
Interesses de compra:
Voluntariado, donativos, ajuda sob quaisquer formas.

Contato
envie uma mensagem
email: fundacao-ami@mail.telepac.pt
telefone: 218 362 100
página oficial: http://www.fundacao-ami.org/


O cirurgião Fernando Nobre, fundador da AMI - Assistência Médica Internacional em Portugal, conhece melhor do que ninguém essas realidades de dor, miséria, guerras, epidemias e catástrofes, tendo dedicado a sua vida a tornar mais suportável a vida dos outros.
Ao assinalar mais de 25 anos de dedicação às causas humanitárias nos quatro cantos do mundo, Fernando Nobre pode considerar-se um médico do mundo.

Fernando Nobre nasceu em Luanda em 1951. Em1964 mudou-se para o Congo e, três anos mais tarde, para Bruxelas, onde estudou e residiu até 1985, altura em que veio para Portugal, país das suas origens paternas. Doutor em Medicina pela Universidade Livre de Bruxelas, onde foi assistente, é especialista em Cirurgia Geral e Urologia. É Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Foi administrador dos Médicos Sem Fronteiras na Bélgica e fundou em Portugal a AMI – Assistência Médica Internacional, à qual preside. Participou como cirurgião em mais de duzentas missões de estudo, coordenação e assistência médica humanitária em cerca de sessenta países de todos os continentes.
Recebeu vários prémios e distinções em Portugal e no estrangeiro, entre os quais a Medalha de Ouro para os Direitos Humanos da Assembleia da República e o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito. "

Revolução






Numa manhã de Primavera, quando me preparava para tomar duche, ouvi nessa mesma rádio a canção de Zeca Afonso "Grândola, Vila Morena".
No espaço de meia hora ouvi a mesma canção 4 vezes e fiquei desconfiada.
Fui ao quarto e chamei a atenção do Carlos:
- Carlos, deve estar a acontecer alguma coisa, estão a passar na rádio, constantemente, uma canção do Zeca Afonso, a "Grândola, vila morena".
Zeca Afonso logo pela manhã, já era estranho... Repetidamente, era muito, muito estranho.
Mal acabara de dizer a frase, lá estava outra vez aquele som de marcha em que os soldados batem com as botas pesadas no chão.
O Carlos saltou da cama num ápice e foi ouvir os outros canais. Só se ouvia a voz pesada e séria de Zeca Afonso:
"Grândola, vila morena,
terra da fraternidade,
o povo é quem mais ordena,
dentro de ti, ó cidade!"
- Passa-se qualquer coisa, passa-se qualquer coisa...
Só mais tarde as notícias começaram a chegar e nós acatámos a recomendação do locutor para ficarmos em casa.
Todo o dia estivemos juntos com a nossa filha, ainda bébé e à medida que ouviamos as notícias, a repetição da "Grândola..." tornava-a numa canção de mais alegre, mais viva, em que as palavras "fraternidade" e "o povo é quem mais ordena" ganhavam novo significado.
Passámos o dia de 25 de Abril a ver as notícias que nos chegavam aos soluços pela TV e a ouvir todos os canais de rádio que conseguiamos sintonizar.
A Revolução estava na rua, com os soldados, o povo e os cravos vermelhos, que as floristas deixavam nos canos das espingardas.
Foi um dia confuso, seguido por outros cheios de emoções fortes, de entusiasmo, de lágrimas e muita, muita esperança.
Os heróis de Abril que falam agora na TV, estão envelhecidos, maduros, o povo está desiludido e pouco crédulo na política, mas todos acalentamos ainda no fundo do peito, aquela que é sempre a última a morrer - a Esperança.

Pedras no caminho?

Fernando Pessoa
(Lisboa, 13 de Junho de 1888 - Lisboa, 30 de Novembro de 1935)

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrarum oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um 'não'. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Espaço GI

Onde ocupei o meu tempo livre nos últimos meses!
Para as minhas colegas que seguem o meu diário.





Recordar...

Volto a falar do meu avô.
Tinha 2,02 mts de altura, no tempo em que os portugueses mais altos andavam no 1,60 mt, em média.
Foi solteirão até tarde, porque viajou muito, mas quando resolveu ficar no Fundão, a sua terra, casou com uma rapariga de 25 anos, metade da sua idade.
Ninguém achará que foi parvo.
Para quê casar com quem já vai na meia idade? Casar por casar, que seja com alguém bem novo, pois logo tem tempo de envelhecer...
A minha mãe tinha adoração por ele, considerando-o muito bom e inteligente.
Contava muitas vezes que o meu avô ficava a olhar para mim, ainda com poucos meses de idade e dizia:
- "O que Deus cria, sem estrume nem regadia!"
Que bom seria se os meus avós pudessem conhecer os meus filhos e estar connosco ainda...

Tradição familiar

O 1º Administrador do Concelho
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"No dia 5 de Outubro de 1910, quando surgiu a República, apareceram 24 republicanos no Fundão - mas na véspera havia um apenas: José da Conceição Delgado Leal"
(relato do Dr. Belarmino Barata, no Jornal do Fundão)
.
Pois o único republicano fundanense em tempos de monarquia era o meu avô José da Conceição Delgado Leal.
E ele foi o primeiro Administrador do Concelho, na nova república - e por muitos anos.
Aí está (foto ao lado) um documento assinado por ele.
Vem de longe a devoção da família pela causa pública, ao serviço do concelho...
..
.....
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Na foto, o avô Leal com uma das irmãs, a minha tia Celeste, nome que viria a dar à minha mãe, a sua 2ª filha .
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O meu irmão mais novo é o mais próximo deste avô, em todos os sentidos - físicos, intelectuais e morais.
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Vamos ver se o futuro lhe dá essa missão também, de administrar o seu Concelho.
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Certo

Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.


Albert Einstein

Frutos


Pêssegos, peras, laranjas,morangos,
cerejas, figos,maçãs, melão, melancia,
ó música de meus sentidos,
pura delícia da língua;
deixai-me agora falar
do fruto que me fascina,
pelo sabor, pela cor, pelo aroma das sílabas:
tangerina, tangerina.

Eugênio de Andrade



Para quem se acha o centro do Universo.

Do blog de uma amiga.



Uma imagem de John Gebhardt no Iraque
"Esta é uma dura história de guerra, porém toca-nos o coração...
A esposa de John GebHARDT, Mindy, diz que toda a família desta criança foi executada. Os executantes pretendiam também matá-la e ainda a atingiram na cabeça...mas não conseguiram. Ela foi tratada no Hospital de John, está a recuperar, mas ainda chora e geme muito. As enfermeiras dizem que John é o único que consegue acalmá-la. Assim, ele passou as últimas 4 noites segurando-a ao colo na cadeira, enquanto ambos dormiam. A menina tem vindo a recuperar gradualmente.
Eles tornaram-se verdadeiras "estrelas" da guerra. John representa o que o mundo ocidental gostaria de fazer.
Isto, meus amigos, vale a pena partilhar com o Mundo inteiro.Vamos a isso !
Vocês nunca vêem notícias destas na TV ou nos media em geral.
Se vos tocou, dêem a conhecer. Todos precisamos de ver que (também) existem estas realidades em que pessoas como John marcam a diferença, mesmo que seja só com uma pequena menina como esta.
Não podemos orientar o vento, mas podemos ajustar a nossa vela...
Bem hajam!"
Post do blog Saberdesi, entre muitos que adorei.

O Amor na melodia do silêncio

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