Máscaras

A Francisca está crescida e linda! Neste Carnaval mascarou-se de bruxa má.
Vejam só que bruxinha mais bonita. Só se esqueceu da verruga no nariz!

Prémio

Escolhi um blog a premiar.
Gosto de muitos, mas depois de algumas voltas pelos que mais leio, resolvi premiar uma jovem muito sensível e divertida.
A autora de "Mente Flutuante" já recebeu muitos, mas acho que este que escolhi para ela, é o que mais a define.
"Mente Flutuante" é um blog fresco, alegre, tem uma escrita clara, perfeita e apaixonante.
Acho que todos vão concordar comigo.
Ela é merecedora.

Carnaval



Para mim não houve Carnaval... nem em Veneza, nem no Rio, nem em Torres Vedras!
Não me atiraram pacotes de farinha, nem me deram bisnagadas de água fria. Não detonaram estalinhos nas minhas pernas, nem rebentaram bombinhas de mau cheiro na minha sala.
Não dancei o samba, nem desfilei em fio dental. Não me vesti de homem com farto bigode, nem de odalisca a dançar a dança do ventre. Não fui Careto, nem rodopiei com sombrinha ao som do frevo. Não me pintei de palhaço, nem me mascarei de matrafona com grandes airbags. Não me embebedei, não suei as estopinhas a desfilar no meio de multidões eufóricas, não fiquei rouca de gritar, só por ser Carnaval!
Não ouvi os "Vapôres do Rego", nem a Ivete Sangalo.
Não andei de bar em bar até de madrugada, a rir-me para quem não conheço e a ser abraçada por quem nunca vi mais magro!
Deitei-me cedo na minha cama, de pijama, consciente e sem ajuda!
Realmente o meu Carnaval foi uma pasmaceira!
Penso que foi para compensar o Carnaval em que vivo e começa na Quarta-Feira de Cinzas e termina no Domingo de Entrudo. Estou sempre no contra...

Dia dos namorados


Passou o dia dos namorados e eu sem um minuto para me sentar aqui e escrever.
Passou o dia e o romantismo lá se foi com a folha do calendário.
Também para muitos dos "enamorados" que amanheceram no dia de S. Valentim com o ramo das flores atrás das costas, o dia seguinte trouxe a rotina já conhecida e instalada.
Claro que não é regra geral... há os que vivem mesmo um amor eterno ("enquanto dura", disse o poeta).
No entanto, as setas de Cupido passaram indiferentes por muitos solitários, não os ajudando a mudar a sua condição.
O anjinho gordinho e sorridente terá feito de propósito, fingindo-se trémulo na hora de disparar e depois de errar o alvo, saindo a rir de forma descarada, deixando os solteirões inconsoláveis.
Outros houve (isto na vida tem de haver de tudo, para ser giro!) que deram mais do que um presente. Não, não foi à mesma pessoa...
E ainda quem desse um presente e uma desculpa "não podemos gastar dinheiro, temos a nossa casa para pagar. Um beijinho chega". Não, também não foi à mesma pessoa...
Houve concurso de namorados a beijaram-se em público. Somaram 40.000. Não, não foram beijos... foram pares!
Corações, muitos corações, nas flores, nos ursinhos felpudos, nos bombons, nas cuequinhas, boxers e t-shirts.
Jantares fora, fins de semana fora, surpresas aos montes, tudo muito romântico, muito doce!
Cupido esteve muito ocupado e como sempre, lá foi trocando os alvos de vez em quando. Mas isso também é giro!
No dia seguinte pousa o arco e as flechas, suspira de alívio e... até ele deixa de ser romântico e prefere jogar na playstation!

O sorriso da Natureza


"Fevereiro quente, traz o diabo no ventre", dizia-me este fim de semana uma senhora amiga da minha mãe.
Apesar de achar que é cedo para este calor e de saber o significado deste dito popular, é óptimo sentir a chegada da Primavera.
As roseiras estão cheias de rebentos e já precisei de regar os vasos mais pequenos, embora tenha chovido dias a fio.
O Sol traz-me energia e dá-me forças que pensava perdidas para sempre.
É a Natureza que se vai renovando com o passar dos dias e nos vai renovando também.
No Inverno a Natureza descansa, dormita no sofá, para voltar na Primavera com cor, luz e força.
Nestes dias, ela abriu um dos olhos, espreguiçou-se e deitou-nos um olhar acompanhado com o seu sorriso mais bonito. Voltará a adormecer mais um mesito, talvez.
Ainda virão dias frios, talvez até voltemos a espirrar e a tossir, mas para já aproveitemos este grande sorriso que a Natureza nos dá.

O que vale a Vida?

Que título dar a esta fotografia?
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"A última foto"
ou
"A foto"
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"Meu Deus..."
ou
"Deus não existe!"
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"Ai, os meus filhos!"
ou
"Adeus, mãe!"
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E quantos outros possíveis?
.
E qual teria sido o verdadeiro (se o autor tivesse tido tempo de pensar num título)?

Para ser, tenho que sonhar.

Como tenho andado triste, pouco mais falo do que de coisas feias, de atitudes pequenas e medíocres, perdendo tempo com quem nada de bom acrescenta à minha vida, esquecendo-me que poderia estar a fazer bem mais por todos, do que a lamuriar-me.

Quando planto uma flor no meu quintal, ela cresce, desabrocha, enche o canteiro de cor e perfume, fazendo-me feliz.
Penso muitas vezes nisto, pois acho que faço mais do que conseguir o meu objectivo - fazer florir o pé que plantara, saindo vitoriosa na tarefa a que me propusera.
Ajudo também a própria planta a cumprir o seu destino, florindo e deitando sementes na terra, que darão lugar a mais flores, mais cor e mais perfume.
E se vejo alguém parar e apreciar o meu jardim, acho que renovo o bem estar dos que me cercam e podem beneficiar da beleza que resultou do meu gesto e da vitória da própria planta, que enraizou e floresceu.
É nisso que tenho de pensar. É no que a minha alegria pode beneficiar os outros, no que o meu prazer pode ajudar quem sofre, no que o meu esforço pelo equilibrio pode manter à minha volta tudo mais harmonioso.
Sempre gostei de rir e já nem sei quando isso aconteceu comigo a última vez.
Sempre plantei flores e as acarinhei para que a seu tempo cumprissem com a missão de alegrar a minha vida e a de quem as pode apreciar como eu.
No entanto, tenho gasto os meus dias a pensar e repensar nos que me colhem as flores, as partem e pisam, nos seus actos pouco belos, pouco justos, pouco dignos, revoltando-me por vê-los vitoriosos, apesar disso.
No meu desespero esqueço o meu jardim. Nele ainda há camélias lindas e já crescem as hastes que vão dar orquídeas.
As roseiras e as hortenses foram podadas, mas começam a rejuvenescer nos seus rebentos tão frágeis e graciosos. As Magnólias começam a sorrir também.
Os malmequeres que floriram todo o Verão, descansaram um pouco e já voltam a encher o vaso de rama de vários verdes e botões tímidos, mas decididos.
Um novo hóspede tem sido o alvo das atenções - um lírio roxo.
Para tecer, tenho que fiar. Para colher, tenho que plantar. Para ter, tenho que cuidar. Para ser, tenho que sonhar.
A maldade tem-me desviado do meu caminho, entristecendo a minha alma.
Quero voltar a ler, a escrever, a bordar e a jardinar.
É nisso que eu me sinto na minha pele. A mentira, a arrogância e a vaidade não são da minha família. Nem minhas vizinhas...

Aversão



Mal me aproximo de ti sinto um peso na alma que não sei donde vem.
Perco a alegria, o gosto de rir ou sorrir. Fica só o mal-estar e a desconfiança.
Uma aura negativa paira à tua volta.
O teu tom afável é falso, frio, funesto, causa arrepios.
O teu olhar transmite sempre reprovação, crítica, censura, deixando–nos com a sensação que cometemos uma falta grave, que o mal está em nós.
A maldade que revelas nas poucas palavras que proferes, nos sorrisos trocistas que trocas com quem te bajula, arrasta-se atrás de ti, como um manto negro e sombrio.
Pareces um soberano que olha de cima os seus súbditos, considerando-se benemérito ao dar-lhes a oportunidade de o verem, de lhe falarem, de se aproximarem, ainda que só num cumprimento de cabeça. Será que pensas que a vida muda só para os outros? Que a sorte te bafejará sempre?
Todos te sorriem, mas temem os teus poderes malignos. Afastam-se na primeira oportunidade.
Eu aconchego a gola do casaco, sinto-me gelar.
Toda a força se esvai, enquanto estás por perto.
Consegues reunir num só olhar, numa só palavra que sussurres, a vaidade, a inveja, a prepotência, a ignorância, a ameaça e a vingança que podem caber num ser humano.
À tua volta, tudo seca.
Cruzo os dedos por instinto.

Sabedoria


"Antes de criar igualdade de oportunidades,
.
. . . . . . . . . . . . . . . . .criar oportunidades de igualdade... "


.Xavier Losada i Garcia -Catalunha

Boas notícias.

Vi hoje nas notícias da TV o Presidente da República Portuguesa, sentado no seu gabinete de trabalho, frente ao computador portátil, a explicar ao jornalista que o entrevistava, como trata os dados que lhe chegam todos os dias através do site "Presidência", em especial as respostas que dá às perguntas que os cidadãos lhe fazem directamente através desse espaço.
Lembro-me dos tempos em que isso era impensável e desejo ardentemente que seja verdade e para sempre.
Podermos chegar a quem nos governa, sem medo que não goste das nossas palavras e nos mande a polícia casa adentro, a meio da noite. Isso é mesmo democracia.
Fiquei pensativa!
Quem tem algum poder, não gosta de ouvir palavras que possam ser ou apenas parecer crítica.
Para o homem crescer, tem de ter liberdade.
Liberdade de expressão, neste caso.

Surpresa!




Não conheço bem as regras ainda, mas penso que tenho de nomear um blog que eu sinta merecer este prémio. Eu gosto de muitos e claro que escolherei os que acho mais criativos.
Quero ver com atenção e nomear com convicção.
Fico ainda na dúvida se ganhei mesmo os prémios, ou se apenas fui nomeada. Entretanto descobrirei essas maravilhas que me chegam todos os dias pelos meus amigos virtuais.
Para já fica o meu agradecimento ao amigo que me escolheu.