Ritmo, cor e prevenção

No Brasil, em Salvador da Baía, muitas crianças deambulam pelas ruas desde os primeiros anos de vida.
Não vão à escola, não se alimentam regularmente, não têm cama, nem tecto.
Aprendem a arte de roubar, de fugir, de matar, de consumir.
Um grupo de artistas das canções, juntou-se e começou a organizar uma escola onde fizessem alguma coisa por esses garotos.
Ginástica, leitura, escrita, desenho, dança, capoeira e... música.
A música tocada em latas, pequenas e grandes, novas, amolgadas e pintadas com cores garridas.
A garotada gostou. Estudava só para ter direito a entrar no grupo da batucada.
Saíram das ruas, passaram a ter normas, a ter auto estima, a ter orgulho, a ter amigos, a ter família. Nasceu o Olodum.
Paul Simon descobriu o seu ritmo e levou-os a Nova York, a um grande concerto de Hyde Park.
Gravam discos, fazem concertos, entram em grandes espectáculos em muitos países do mundo.
E crescem, crescem em idade e em número.
São um milagre de cor, de som, de luta e de amor pelo próximo.

1 comentário:

nuno medon disse...

A música junta as pessoas, independentemente do seu nível social, cor, sexo, religião. A música faz milagres! **