Meia-noite. Apenas um dia mais. E o respeito pelo teu descanso contenta-se em lembrar-me que o dia não é mais que um dia doce.
De onde vem este néctar - será perfume? - não sou capaz de te dizer.
De memórias. De memórias simples. De memórias simplesmente doces.
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Outros ensinaram-me letras, palavras, frases, pontuação... Tu ensinaste-me a escrever.
Talvez não me tenha lembrado disso no dia em que me chamaram escritor.
Como havia de evocar uma memória tão simplesmente doce...?
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Outros deram-me livros, versos, rimas... Tu encaminhaste-me a ler.
Talvez não me tenha lembrado disso no dia em que me disseram ser poeta.
Que tinha isso a ver com memórias simplesmente doces...?
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Outros mostraram-me pautas e claves e colcheias... Tu deste-me a perceber a melodia.
Talvez não me tenha ocorrido quando me graduaram como músico.
Talvez não me tenha ocorrido quando me graduaram como músico.
Como podiam os tímpanos abrir ao coração memórias tão simplesmente doces...?
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Hoje, à meia-noite, o sol descobriu-me que há sempre um dia em que sabemos que a Vida é afinal a feliz coincidência de memórias simples - tão simples como a constância do sorriso que nos fez correr dos olhos um mar de água doce.
Hoje, à meia-noite, o sol descobriu-me que há sempre um dia em que sabemos que a Vida é afinal a feliz coincidência de memórias simples - tão simples como a constância do sorriso que nos fez correr dos olhos um mar de água doce.
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Dou-me a mim mesmo os Parabéns: porque um Sol em cada 365 me celebra uma companhia tão luminosamente simples - uma Luz tão simplesmente doce.
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Um abraço simples e doce,
do teu mano.
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